Um Portugal traído, manipulado
e acorrentado.
Hoje voltamos
a repetir que “este governo mente e esconde que o seu fundamental objectivo é mudar
o modelo económico-social(…)para uma sociedade organizada numa lógica de lucro
e de mercado(…).” A sua agenda é cumprir um modelo de capitalismo selvagem,
matar o estado social, privatizar as empresas nacionais estruturantes, base do
desenvolvimento, dum país como o nosso, e acorrentar-nos à submissão. A
submissão ao neoliberalismo está nas veias deste governo. É mera hipocrisia a
desculpa de o modelo lhe ser imposto pelos credores. O facto é que a este
governo, que é submisso por ideologia, lhe dá jeito forjar razões e afectar,
com o maior dos cinismos, o seu país e o seu povo.
Mas para fazer isso finge e mente com a ajuda
não só de fortes meios de comunicação que domina ou o serve e ainda explorando
muitos dos preconceitos e atavismos que o fascismo deixou.
Após a
demissão do ministro Gaspar, principal responsável e autor confesso, pelo
descalabro nacional e depois da ridícula cena do ministro Portas é doloroso ver
as cambalhotas que os responsáveis do executivo deram no curto espaço de quinze
dias.
Mais grave
ainda é a cobertura que foi dada por um PR teimoso e conivente na fantasiosa
cura duma doença com remédios tóxicos e letais; inócuos para a reanimação
produtiva e coesão social. A esfarrapada desculpa de que pretende evitar uma
crise politica, como se ela não existisse, e de que novas eleições nada resolveriam,
leva-nos a ter a certeza do conceito muito particular que o PR tem da
democracia e de como, também está cego sobre o real estado do país. Confirmou,
isso sim, uma indubitável tendência de apoio político-partidário.
Pergunta-se “
depois de a recessão ter batido no fundo, como podem governo e PR, cantar vitória,
face a um precário aumento trimestral da economia portuguesa de 1,1%”? Havendo
menos pessoas a trabalhar os indicadores de produção sobem porque têm em um divisor
menor.
Desafiando a
Lei Constitucional este governo torna-se delinquente por fora da lei. Só
tratando os portugueses como idiotas, mentindo e forjando diletantes promessas.
Não querem,
nem dão explicações sobre a realidade do país e dos portugueses e do cerco da
finança imperialista.
O seu discurso está viciado à partida: omisso
de verdades, demagógico e manipulador.
Não explicam,
por exemplo, que face ao trimestre análogo do ano passado não há subida nenhuma;
que o enfatuado crescimento corresponde à continuação da crescente divida
publica (para 214.573 milhões de euros, 130% do valor do PIB), do continuado
aumento do desemprego e de jovens que emigram, do número de empresas que vão
falindo. da instabilidade criada aos trabalhadores, públicos e privados, da
perseguição aos pensionistas e do crescendo de fome e miséria…Enfim, dos desequilíbrios
cada vez mais acentuados entre as nossas gentes.
Das nossas
gentes que precisam de perceber melhor da consequência da força do seu voto e dos actos eleitorais!
Que brincadeira ou inconsciência é esta? Que
força têm os mandantes externos para nos acorrentarem desta forma? Que espécie
de portugueses são estes lacaios e governantes? Só podem ser traidores a
merecer julgamento um dia. Serão julgados! Esperemos que não seja tarde.
M.Duran Clemente (25 de Agosto de 2013)
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