segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Um Portugal traído, manipulado e acorrentado.

Hoje voltamos a repetir que “este governo mente e esconde que o seu fundamental objectivo é mudar o modelo económico-social(…)para uma sociedade organizada numa lógica de lucro e de mercado(…).” A sua agenda é cumprir um modelo de capitalismo selvagem, matar o estado social, privatizar as empresas nacionais estruturantes, base do desenvolvimento, dum país como o nosso, e acorrentar-nos à submissão. A submissão ao neoliberalismo está nas veias deste governo. É mera hipocrisia a desculpa de o modelo lhe ser imposto pelos credores. O facto é que a este governo, que é submisso por ideologia, lhe dá jeito forjar razões e afectar, com o maior dos cinismos, o seu país e o seu povo.
 Mas para fazer isso finge e mente com a ajuda não só de fortes meios de comunicação que domina ou o serve e ainda explorando muitos dos preconceitos e atavismos que o fascismo deixou.
Após a demissão do ministro Gaspar, principal responsável e autor confesso, pelo descalabro nacional e depois da ridícula cena do ministro Portas é doloroso ver as cambalhotas que os responsáveis do executivo deram no curto espaço de quinze dias.
Mais grave ainda é a cobertura que foi dada por um PR teimoso e conivente na fantasiosa cura duma doença com remédios tóxicos e letais; inócuos para a reanimação produtiva e coesão social. A esfarrapada desculpa de que pretende evitar uma crise politica, como se ela não existisse, e de que novas eleições nada resolveriam, leva-nos a ter a certeza do conceito muito particular que o PR tem da democracia e de como, também está cego sobre o real estado do país. Confirmou, isso sim, uma indubitável tendência de apoio político-partidário.
Pergunta-se “ depois de a recessão ter batido no fundo, como podem governo e PR, cantar vitória, face a um precário aumento trimestral da economia portuguesa de 1,1%”? Havendo menos pessoas a trabalhar os indicadores de produção sobem porque têm em um divisor menor.
Desafiando a Lei Constitucional este governo torna-se delinquente por fora da lei. Só tratando os portugueses como idiotas, mentindo e forjando diletantes promessas.
Não querem, nem dão explicações sobre a realidade do país e dos portugueses e do cerco da finança imperialista.
 O seu discurso está viciado à partida: omisso de verdades, demagógico e manipulador.  
Não explicam, por exemplo, que face ao trimestre análogo do ano passado não há subida nenhuma; que o enfatuado crescimento corresponde à continuação da crescente divida publica (para 214.573 milhões de euros, 130% do valor do PIB), do continuado aumento do desemprego e de jovens que emigram, do número de empresas que vão falindo. da instabilidade criada aos trabalhadores, públicos e privados, da perseguição aos pensionistas e do crescendo de fome e miséria…Enfim, dos desequilíbrios cada vez mais acentuados entre as nossas gentes.  
Das nossas gentes que precisam de perceber melhor da consequência da força  do seu voto e dos actos eleitorais!
 Que brincadeira ou inconsciência é esta? Que força têm os mandantes externos para nos acorrentarem desta forma? Que espécie de portugueses são estes lacaios e governantes? Só podem ser traidores a merecer julgamento um dia. Serão julgados! Esperemos que não seja tarde.
M.Duran Clemente  (25 de Agosto de 2013)

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